Sei que poucas pessoas terão a paciência de ler tudo. Mas as que lerem, não se arrependerão.
Uma das cidades que mais cresce no Brasil. É isso que sabemos sobre a nossa Mossoró. Todos falam, inclusive pessoas de outras cidades. É difícil encontrar qualquer outra cidade no país que tenha crescido tanto nos últimos anos. Talvez seja algo clichê vim até aqui comentar sobre isso, pois vocês mesmo quem reforçam esta idéia.
O futebol mossoroense começou a semear um futuro edificante. No ano de 2004, o Potiguar tornou-se o primeiro campeão estadual da cidade. Em 2005, foi a vez de o Baraúnas levar o nome de Mossoró para todo o Brasil, na participação da Copa do Brasil. Como se não bastasse, 2006 houve a primeira final que envolvia dois times do interior, sendo eles Potiguar e Baraúnas. A torcida se empolgou. O Nogueirão abrigava em qualquer jogo em média de dois mil espectadores. Se o time tivesse bem, andava na casa dos quatro ou cinco mil. Em jogos importantes, chegava em até dez, ou ultrapassava até mesmo. Esse número chegou a se repetir até meados de 2008/2009.
Após isso, os clubes mossoroenses ficaram marcados pela sazonalidade, isso é, quando finalizava o estadual, só jogaria outro campeonato como Série C (agora Série D) se outro na frente time desistisse. A última vaga conquistada de verdade foi pelo Potiguar, para a Série C de 2008. Em 2009 não se teve futebol no 2° semestre, o que se tornou para muitos um pesadelo. Mal sabia que em 2010 o Potiguar disputaria a Série D e se tornaria o pior time do campeonato. Enquanto que o Baraúnas por três anos consecutivos seguia na sazonalidade, estando ativo por apenas três meses.
Não pára por aí. O Nogueirão, a partir de 2008 já teve parte interditada pelo Corpo de Bombeiros. O que voltou a se repetir em 2009. Em 2010, pesadelo maior ainda. Os times não puderam atuar no Leonardo Nogueira por quase todo primeiro turno e ainda parte do segundo. Até que emitem um documento liberando até o último dia do ano citado. Fizeram uma maquiagem às pressas para poder abrigar os jogos do Camp. Potiguar 2011 e hoje ele só pode abrigar 3500 pessoas. O que é muito pouco, como foi dito, essa capacidade facilmente seria tomada, mas não é isso que estamos vendo. O povo não é mais empolgado. Precisamos que o time esteja muito bem para colocar acima de 1500 pessoas. E agora, quando ele está mal, a média é de 500/600 pessoas. Uma vergonha! Sabemos que com a melhora, todos voltam, e talvez até mais empolgados ainda.
É triste para uma cidade que apresenta desenvolvimento tão acelerado, ter um estádio com condições tão precárias. Um futebol que muitos temem que se acabe. Do nada. Ou talvez, do tudo. Porque as coisas acontecem agora, e poucos ajudam, lutam por ele. E se não fosse só paixão de um povo, é emprego para muitos, desde o vendedor de cachorro-quente, até o jornalista. Onde todo esse povo irá trabalhar se não mais houver campo? Queria uma resposta convincente. Sem abandonar nossa maior paixão, que é o futebol mossoroense.
Já apresentaram propostas expectáveis. Mas só isso, propostas. Queremos algo concreto. Não adianta semear falsas esperanças, estamos fartos. A última, foi a permuta com a empresa Metro Shopping, que construiria um shopping no terreno do atual Nogueirão e faria um novo, em outra área da cidade. Só presunção. Não importam o que façam, desde que salve o futebol. Nesse caso, ninguém mais contestou que o Nogueirão era patrimônio cultural, como contestaram em meados de 2008. Lógico, época que ainda colhíamos bons frutos. Todos percebem que precisamos dessa solução, pois o contrário significará a (maior ainda) decadência do futebol.
Unimos aqui torcedores/analistas de Potiguar e Baraúnas, adjeção por um ideal: O bem do nosso futebol.